A adenóide (também conhecida por "carne esponjosa") é uma massa de tecido linfóide que ocupa o teto da nasofaringe. Juntamente com as amígdalas palatinas, compõe o Anel Linfático de Waldeyer. Sua função primordial é estimular a resposta imune a vários antígenos ingeridos. Neste tecido são encontrados linfócitos T e B (células de defesa), que atuam na defesa humoral (anticorpos) e celular do organismo. No entanto, algumas vezes, a própria adenóide pode ser infectada por estes agentes.
O tecido linfóide do Anel Linfático de Waldeyer pode se encontrar aumentado principalmente por volta dos 5 a 7 anos de idade. Assim, o aumento da adenóide é uma causa freqüente de obstrução nasal e respiração bucal crônica, podendo ainda contribuir na piora dos roncos noturnos. Pode ocorrer ainda episódio de otite média por obstrução da tuba auditiva, localizada ao lado da adenóide.
A adenóide normalmente regride durante a infância, sendo raramente observada no adulto. As indicações para adenoidectomia (cirurgia para retirada das adenóides) são obstrução nasal causada por aumento da adenóide, respiração bucal crônica, roncos noturnos, dificuldade de deglutição e alterações no desenvolvimento da fala sem outras causas atribuíveis. Há também indicações cirúrgicas por motivos de infecção recorrente da adenóide (adenoidite) ou otites médias recorrentes.
A remoção cirúrgica é curativa para a hipertrofia de adenóide, porém não evita todos os episódios futuros de infecções virais (resfriados e gripes). A recuperação pós-operatória demora de um a dois dias, podendo ocorrer neste período uma discreta dor de garganta e secreção nasal pouco avermelhada.
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