Laringectomia é a remoção parcial ou total da laringe para tratamento dos tumores da mesma. Nos casos de câncer de grandes proporções, é necessária a extirpação completa enquanto que nos casos de menor invasão, somente as partes atingidas são removidas.
O sintoma principal desses tumores é a rouquidão intensa e constante e às vezes, com falta de ar. A causa quase sempre é o uso abusivo de cigarros, sendo o sexo masculino o mais atingido.
Após a laringectomia total, ficam os pacientes sem voz e respirando permanentemente por um orifício na base do pescoço chamado traqueostoma por onde também são removidas as secreções. Quase sempre a cirurgia é complementada com radioterapia ou quimioterapia.
Nos casos de laringectomia parcial, a traqueostomia é fechada após curto tempo e a voz, embora rouca é preservada.
Surge então a pergunta dos pacientes:
E agora, o que vai ser de mim?
Apesar da gravidade que foi a doença haverá solução: os laringectomizados totais serão reabilitados por fonoaudiologo através de treinamento adequado e voltarão a falar.
De que forma?
Sempre sob orientação, há três formas a serem escolhidas:
1. Voz esofageana: o ar penetrando na boca, atinge a na porção alta do esôfago na forma de uma bolha que retornando à boca e sendo articulada, será transformada em voz.
2. Voz tráqueo-esofágica: aqui o ar penetra no esôfago através de uma válvula colocada no ato cirúrgico ou algum tempo depois, entre a traquéia e o esôfago, produzindo uma vibração sonora que atingindo a boca será articulada e também transformada em voz.
3. Voz com eletro-laringe: neste tipo, o som é produzido pela vibração da membrana de um cilindro de metal semelhante a um charuto movido a pilhas e que ao ser colocado externamente na porção lateral do pescoço e ali mantido com a mão apertando um botão durante o tempo em que o laringectomizado estiver falando, ampliará de forma audível os movimentos articulatórios sem som, feitos por ele.
Todos os três tipos de voz serão roucos mas permitirão a comunicação oral, representando a reintegração pessoal, familiar, profissional e social do laringectomizado, livrando-o da dúvida crucial após a cirurgia:
- E agora, o que vai ser de mim?
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