Em uma das Reuniões da Clínica, no HC, o Médico deu uma Aula Sobre o Continente Gelado
Postado em 30/03/2009 por Por Yara Achôa, jornalista
Em novembro do ano passado, Dr. Bira participou de uma expedição à Antártica e, recentemente, dividiu essa experiência com os colegas da Clínica de ORL no Hospital das Clínicas. Antes de embarcar, ele conta que teve se preparar muito - inclusive fisicamente: "É preciso estudar muito, para nossa própria segurança e também para aproveitar a viagem, e ter resistência física: Subi muita escada para me condicionar".
Foram 12 dias a bordo de um navio de pesquisa russo, com 40 cabines duplas ou triplas, e condições climáticas hostis. A embarcação atravessou a Passagem de Drake, com uma extensão de 1000 km, parte do oceano situado entre a extremidade sul da América do Sul (Cabo Horn) e a Península Antártica. É uma das zonas que conhecem as piores condições meteorológicas marítimas do mundo. A correnteza é de 2m/s (fluxo 600 vezes o do rio Amazonas e quatro vezes o da Corrente do Golfo), os ventos podem chegar a 200km/h e as ondas atingir até 13 metros.
Em sua aventura, Dr. Bira pegou ventos de "apenas" 40km/h e ondas de cerca de quatro metros. E por ser começo de verão, a temperatura marcava 4,8 graus negativos. "Só que com ventos de 40km/h, a sensação térmica é de 50 graus negativos". Já na Antártica, em condições climáticas ainda mais adversas, pode sentir o que é estar no continente mais frio (menor temperatura registrada foi de 83 graus negativos), o que mais venta, o mais seco (precipitação de 120mm/ano) e o mais alto: "a espessura média da camada de gelo sobre o continente é de 2.700 metros, podendo chegar a 4.700 metros"
Na rotina, muitas aulas e expedições, e até passeio de caiaque, como se pode conferir na galeria de fotos a seguir.