Iniciativa do <strong>Dr. Douglas Salmazo Rocha Morales</strong>, otorrinolaringologista e assistente ORL do HU da USP, com apoio do <strong>Prof. Dr. Richard Louis Voegels</strong> e <strong>Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento</strong>, entra em sua segunda
Postado em 09/09/2008 por Por Yara Achôa, jornalista
Percebendo a necessidade do Hospital Universitário (HU) da USP em resolver inúmeros casos de hipertrofia adenoamigdaliana diagnosticados na sua área de cobertura - no distrito do Butantã e comunidade USP -, Dr. Douglas Salmazo Rocha Morales buscou uma maneira de solucionar tal demanda: agendar vários atendimentos e cirurgias para um mesmo período, de forma individualizada e sem burocracia. O médico apresentou a idéia para o superintendente do hospital, Dr. Paulo Andrade Lotufo, que prontamente apoiou. A proposta também visa o ensino e o treinamento para residentes.
Foi solicitada, então, permissão ao Prof. Dr. Richard Louis Voegels, responsável pelos residentes de ORL da FMUSP, para ampliar a grade de horário de residentes no HU-USP. Com seu sinal verde, reforçado pelo prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, professor titular do departamento de otorrinolaringologia, teve início o projeto. A data marcada para os atendimentos ambulatoriais foi 16 de agosto.
Confira a entrevista com o Dr. Douglas Salmazo Rocha Morales, que revela todos os detalhes desse importante trabalho.
Quem faz parte da equipe médica do projeto?
Convidei o Dr. Gilberto Moro Takahashi para ajudar a liderar o projeto. E contamos com o trabalho dos preceptores Dr. Valdir Caldeirão e Dra. Sílvia Bono, além dos residentes Flavio Cabral Amaral, Madalena Fragoso Benge, Bernardo Faria Ramos, Eduardo dos Santos Rodrigues Sadeck e Luciana Mazoti. Solicitamos autorização ao Dr. Fábio Jacob, coordenador da Equipe de ORL do HU-USP, no sentido de elaborarmos o programa e recebemos ainda apoio dos colegas otorrinolaringologistas da instituição, Dra. Gisele Veloso dos Santos, Dra. Maura Catafesta Neves e Dr. Élder Y. Goto.
Como foi o trabalho em si?
A maior característica do projeto é a manutenção dos ideais de assistência de qualidade, individualizada, associada à oportunidade de ensino e treinamento ao residente. O paciente, de maneira geral, veio encaminhado das unidades básicas de saúde da Região do Butantã ou da Comunidade USP (alunos, funcionários, docentes e seus dependentes) e o atendimento foi realizado no Ambulatório do Hospital Universitário. O que houve de inovador foi trazermos ferramentas ao médico que facilitassem o atendimento, a consulta e os papéis (documentos). Formamos cinco equipes de "otorrinos", constituídas por um assistente (HU-USP) e um residente (FMUSP), que usaram um consultório com material essencial para este atendimento. Cada equipe recebeu um paciente (com diagnóstico prévio de hipertrofia adenoamigdaliana) a cada 15 minutos - foram cerca de 28 pacientes por equipe, totalizando 138 pacientes.
E no dia do atendimento, como foi a rotina?
Quando as pessoas chegavam, suas fichas estavam impressas, bastando assinar. O setor de informática, a nosso comando, deixou os horários em centro cirúrgico, condicionados a senhas, que cada equipe possuía para desbloquear o horário e agendar a cirurgia. Pacientes com exames laboratoriais vencidos tiveram exames novos programados, em sistema de informação, com escalonamento de datas de coleta no laboratório, evitando aglomeração. As fichas de AIH (Autorização de Internação Hospitalar) também estavam preparadas com cabeçalho adequado e a identificação do paciente, além do resumo do caso e termo de consentimento do HU. Após consulta com o otorrinolaringologista, o paciente e seu acompanhante eram transferidos para uma sala de aula, onde uma enfermeira apresentava informações gerais sobre a internação, jejum, "enxoval", alergias, roupas etc.
Como os pacientes reagiram à tamanha presteza e agilidade?
Pelo processo todo, com a marcação de consulta antecipada e atendimentos individualizados, eles se mostraram muito agradecidos.
Qual o próximo passo do projeto?
A segunda fase desse trabalho compreende a realização das cirurgias, programadas para setembro, outubro e novembro.
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