Programa Reouvir, Projeto Social da FORL, Prepara Ação Para Este Mês

O programa - coordenado na Fundação pela Dra. Mara Gandara - visa conscientizar toda a população sobre a importância de ouvir bem. Conheça mais sobre o trabalho e o próximo evento

Postado em 15/09/2008 por Por Yara Achôa, jornalista


Criado há cerca de seis anos pelos otorrinolaringologistas Mara Gandara e Sérgio Garbi, na Fundação Otorrinolaringologia, o Programa Reouvir nasceu com o objetivo de educar e conscientizar a população, principalmente na 3ª idade, a respeito da importância da audição, prevenção e tratamento da perda auditiva. "Nosso principal interesse com estas ações é proporcionar a todos maior conhecimento sobre a deficiência auditiva, mostrando o quanto a melhora da audição pode contribuir no restabelecimento da auto-estima, além de estimularmos a reintegração dos pacientes à sociedade, devolvendo-lhes o gosto pela vida", explica a Dra. Mara Gandara. Atualmente, o trabalho foi ampliado e as palestras são dirigidas a todas as idades, inclusive ministradas em escolas, para crianças e professores. O trabalho é dividido em três etapas. A primeira consiste em palestras sobre a dificuldade auditiva, nas quais são abordadas a importância da audição, a anatomia, a fisiologia, os vários tipos de tratamentos com suas limitações e os recursos atuais para melhorar a capacidade de escutar. A segunda etapa envolve o atendimento otorrinolaringológico, avaliação médica, avaliação auditiva (audiometria), orientações e encaminhamentos. A terceira, por fim, é a protetização. "O Programa Reouvir considera essencial identificar os diversos níveis de perda auditiva, diagnosticar e orientar quanto à indicação da protetização, estimar a prevalência de perda de audição na população de idosos, correlacionar as diversas doenças com a perda de audição para trabalhar preventivamente", diz Dra. Mara. A próxima ação do Programa Reouvir está prevista para o dia 26 de setembro, em São Paulo, em local a ser definido. "Esse contato com a população tem grande repercussão. Muitas vezes a própria pessoa com deficiência não dá importância ao fato e, quando esclarecida, percebe o quanto sua qualidade de vida está sendo prejudicada. A audição não está ligada somente ao que o outro fala, mas aos lindos sons da natureza e especialmente a sinais de alerta - como uma buzina, um chamado, etc. -, tão importantes de serem escutados", diz a coordenadora do projeto. Ela destaca também a importância da conscientização geral sobre o assunto. "Especialmente clínicos gerais e geriatras devem ficar atentos ao problema em seus pacientes. Não podemos permitir que as pessoas fiquem isoladas por não escutarem bem." A Fundação Otorrino oferece total apoio ao programa de atendimento à comunidade, com incentivo à participação de médicos voluntários, além de disponibilizar recursos humanos e materiais, suporte técnico e logístico. E a partir dessa iniciativa, ainda em parceria com a FORL, surgiu o Espaço Reouvir, sob coordenação do Dr. Sérgio Garbi. Trata-se do ambulatório da Divisão de Clínica Otorrinolaringológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP), que presta atendimento médico especializado às pessoas com deficiência auditiva, com intuito de promover a reabilitação em crianças, adultos e idosos. Segundo Dra. Mara Gandara, pensar em soluções para problemas que possam prejudicar a qualidade de vida do cidadão, com potencial para o trabalho e lazer, é uma responsabilidade do médico otorrinolaringologista. Por isso, no Espaço Reouvir as ações sociais também têm grande importância. Uma dessas ações é o Banco de Emprego. "Viabilizamos oportunidades profissionais, disponibilizando o currículo de pessoas com deficiência auditiva, desempregadas e protetizadas em nosso ambulatório, para o mercado de trabalho", explica a médica. O Espaço Reouvir promove ainda a captação de doações e realiza, duas vezes por ano, um Bazar dentro do Hospital das Clínicas, direcionando esses recursos para o custeio de despesas de manutenção dos aparelhos auditivos de alguns pacientes desempregados. "Criamos também uma oficina de desenho, na qual o próprio professor, um jovem universitário, é deficiente auditivo e usuário de próteses. Graças a sua