FORL - Fundação Otorrinolaringologia

Padronização do Diagnóstico de Doenças do Labirinto Está em Fase de Normatização

Acordo entre USP e UNIFESP, que teve adesão também de outras universidades, será publicado na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia em 2009

Postado em 08/12/2008

Já está em andamento a normatização da prova calórica a ar, conforme acordo firmado entre USP e UNIFESP. A publicação na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, documentando a decisão, acontece em 2009. As universidades se juntaram com o objetivo de unificar suas técnicas de exame, segundo os critérios utilizados mundialmente para a estimulação vestibular. Estão sendo utilizados estímulos de 24 e de 50 graus - 13 graus acima e abaixo da temperatura corpórea. "É fundamental a visualização da membrana timpânica durante o estímulo para que haja certeza de que o ar esteja corretamente direcionado", explica Dra. Roseli Bittar, do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-FMUSP), uma das responsáveis pela iniciativa do acordo, ao lado de Dr. Marco Aurélio Bottino, da USP, e de Dr. Maurício Ganança e Dr. Fernando Ganança, da UNIFESP. Outras universidades - como UNICAMP, UNIBAN, PUC-Campinas e UNIVAS (Pouso Alegre) - também aderiram à padronização. Esse trabalho conjunto permitirá a avaliação de um grande número de pessoas assintomáticas, dando confiabilidade ao padrão de normalidade obtido. A partir da normatização, USP e UNIFESP pretendem novamente agir em busca de um único padrão de laudo de prova eletronistagmográfica, priorizando termos fisiológicos, como hipofunção ou hiporreflexia, para facilitar o entendimento do que acontece no sistema vestibular. "É o início de um trabalho que no futuro levará a otoneurologia brasileira a utilizar uma linguagem única, de acordo com padrões internacionais", vislumbra Dra. Roseli A união entre USP e UNIFESP, no início de outubro, no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-FMUSP), foi uma decisão histórica na área da otoneurologia brasileira.