Após realização do Team Building aumentou o entrosamento entre os profissionais da ORL. Ação repercute positivamente no dia-a-dia

Postado em 06/01/2009 por Yara Achôa, jornalista

Como diretor da Divisão de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas, o Prof. Ricardo Bento sempre mostrou-se atento às pessoas, ao entrosamento entre os funcionários e à dinâmica de trabalho dos grupos. E em determinado momento percebeu que seria preciso realizar uma ação para promover maior comunicação entre as diversas áreas da ORL. Esse foi o ponto de partida do Team Building, evento organizado pela Oficina de RH, empresa especializada em treinamentos direcionados, que envolvem motivação e integração. Batizado de "Rumo aos próximos 10 anos", o projeto teve início em outubro de 2007, com a aplicação de um questionário respondido de forma confidencial pelos funcionários. Foi feito todo um trabalho de aproximação, de quebra de resistência, até que todos se sentissem à vontade para relatar seu dia-a-dia na divisão. Após longo período de análise das respostas, percebeu-se que faltava contato entre as pessoas e havia dificuldade para se trabalhar em grupo. Foi então que se optou pelo formato de Team Building: um encontro de um dia, em um local agradável, envolvendo dinâmicas de grupo. Essa ação aconteceu em outubro de 2008, com apoio da Sanofi-Aventis, em um confortável hotel em Campinas (SP). Os conferencistas da Oficina de RH conduziram os trabalhos de forma bastante descontraída, com palestras e exercícios motivacionais, envolvendo médicos, fonos, enfermeiras, administrativos, enfim, vários representantes da divisão de ORL. Entre as diversas reações, muitas surpresas e emoções. De volta ao dia-a-dia na Divisão de ORL, chegou a hora de aplicar na prática o que se vivenciou no Team Building. "Trabalhei em mais de oito enfermarias, mas aqui não havia muito entrosamento. Depois dessa dinâmica, onde as pessoas puderam falar o que pensavam, senti maior aproximação, especialmente em relação ao ambulatório", contou Vilma Moreira Silva Fuser, oficial administrativa da enfermagem, com 22 anos de HC e quatro na Otorrino. "Melhorou muito o relacionamento no trabalho. Não tinha contato com algumas pessoas e passei a ter depois", completou Adevar Viana Alves, encarregado de operação de terminais de computadores, há 26 anos no HC e dois na Otorrino. Para Lúcia Damasceno, da Biblioteca da Divisão, com 21 anos de HC e sete na ORL, a ação impressionou. "Nunca vivenciei algo igual. Trocamos idéias com pessoas que nem sabíamos que trabalhavam aqui. Agora o relacionamento se tornou mais afetivo. E cabe a nós colocar em prática diariamente todo o conhecimento que tivemos por lá". Nova no setor, a auxiliar de enfermagem Suely Góes de Carvalho falou que às vezes se sentia "invisível". E o Team Building teve papel fundamental para seu entrosamento. "Foi muito boa a iniciativa do Prof. Ricardo. Mostra que a direção se preocupa com os funcionários". Também do setor de enfermagem, há seis anos na ORL, Nívea Fermino Arvelos se sentiu valorizada. "Normalmente em eventos como esse a enfermagem fica de fora. Além da integração entre os setores, houve melhora na comunicação - especialmente com os médicos - e grande motivação para fazermos um trabalho cada vez melhor", resumiu. As fonoaudiólogas Renata Akiyama e Carina Muller Ferro aprovaram totalmente. "A vida da gente é sempre muito corrida, o que não permite saber exatamente onde cada um trabalha. Temos que nos conhecer melhor. Afinal, muitas vezes passamos mais tempo no trabalho do que com a família", disse Renata. "É interessante também conviver com as pessoas fora do ambiente do hospital. Elas se soltam, mostram-se mais tranqüilas, relaxadas", completou Carina. "Todas essas reuniões são bastante interessantes porque promovem a união e proporcionam uma maior integração entre os diversos níveis profissionais", concordou Dr. Gilberto Guanaes Simões Formigoni Márcia Alves, secretária do Departamento, com 22 anos de HC e 20 na ORL, foi uma pessoa fundamental para a realização do Team Building. "No início tivemos muita resistência, pelo desconhecimento do trabalho. Junto com a equ