10º Congresso da FO inicia com mais de dois mil participantes e Palestra Magna do Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento

Palestra magna do Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento demonstrou a otorrinolaringologia na história do homem

Postado em 27/05/2011


Iniciou dia 26, quinta-feira, o 10º Congresso da Fundação Otorrinolaringologia, na Expogramado, em Gramado, RS, com mais de dois mil participantes e palestra magna do Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento demonstrando a otorrinolaringologia na história do homem. Com uma palestra magna na Sala Hortênsia 1 do Expogramado, em Gramado, RS, proferida pelo Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, iniciou no dia 26 de maio, quinta-feira, o 10º Congresso da Fundação Otorrinolaringologia. "É um prazer estarmos aqui, no RS, e contarmos com o apoio de nossos colegas gaúchos para realizarmos o nosso congresso, especialmente, ao Prof. Dr. Geraldo Jotz que colaborou bastante para que o evento acontecesse", disse o professor no início de sua palestra. Em seguida, apresentou o Hearing - I Congresso Internacional de Surdez, Implante Coclear, Próteses Auditivas e Cirurgicamente Implantáveis - e trouxe a evolução da otorrinolaringologia - e da surdez - na história da humanidade. "Moisés foi o primeiro que falou em surdos e sua relação com as pessoas próximas. Ele disse que os surdos eram inteligentes, precisavam apenas ser entendidos pelos outros. Já, na Idade Média, os surdos eram considerados bruxos e morriam na fogueira. Somente em 1520, Ponce de Leon oralizou um surdo e, em 1616, surgiu o primeiro livro com linguagem de sinais", disse o professor. Em 1802, F. C. Rein, criou uma cadeira para D. João VI com uma sonda que passava pelos braços do trono e amplificava o som e, em 1876, Grahan Bell procurando criar um meio de se comunicar com sua esposa, deficiente auditiva, terminou por inventar o telefone. Otorrinolaringologia como cátedra No Brasil, a primeira cátedra de otorrinolaringologia aconteceu no Rio de Janeiro, em 1911 e 1912, a disciplina ganhou seu início em São Paulo. "Em 1936, o primeiro audiômetro foi comercializado pela Maico Eletronics e, em 1939, Fleming mudou o curso de patologias infecciosas do ouvido. As próteses auditivas, por sua vez, começaram a aparecer em 1950 Os dois prêmios Nobel em Otorrinolaringologia também foram lembrados assim como a Fundação da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, em 1969 e a primeira cirurgia de implante coclear no Brasil e o ano que o FDA aprovou esse procedimento cirúrgico. "De 1977 para cá, mudou muito a otorrinolaringologia e em 1985, realizamos o 1º Orelhão, surgiu no 2.000, o Vibrant e o Baha, em 2005, iniciaram-se as pesquisas de regeneração celular funcional em cobaia surda. Já em 2006, foi à vez do implante coclear híbrido e 2009, conseguimos produzir, no HC-FMUSP, os primeiros aparelhos auditivos genéricos que estão sendo produzidos em Barueri, SP", disse ele. Dados importantes Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde - 10% da população mundial sofrem com deficiência auditiva e estudos feitos em Juiz de Fora, MG, 5,4% das perdas incapacitantes resultam na surdez. "O deficiente auditivo, em qualquer idade, passa por profundas alterações psicossomáticas, tem o desenvolvimento mental e emocional afetado, sente depressão e insegurança e existem vezes que é confundido com deficiente mental. A OMS quer fortalecer a prevenção e controlar as doenças crônicas. Há necessidade grande de informação e melhoria de ruído ambiental para que a deficiência auditiva não se instale. E os tratamentos de perda auditiva devem ser iniciados o mais rápido possível, pois vão garantir menos anos de privação auditiva", explicou o professor. Existem três momentos de avaliação auditiva que precisam ser feitos no decorrer da vida. "O primeiro consiste na triagem auditiva neonatal; o segundo, no início da alfabetização da criança e, depois, aos 55 anos de idade. Mas, o segundo já pode ser feito na internet - a criança se auto avalia através de programas da internet e o adulto pode baixar, se tiver Iphone, o Audiotest e descobrir como está a sua audição", continuou Prof. Ricardo. Lei hilária Segundo o professor, a primeira lei que surgiu sobre ruído em excesso, um dos causadores da surd