Grupo de Implante Coclear atinge a marca dos 100
Postado em 12/11/2003
Dentro de 30 dias, Maria Tereza Lacaz Meirelles Reis, 58 anos, voltará a ouvir. Há dois anos ela estava totalmente surda e, como última esperança, entrou na fila do Programa de Implante Coclear do Hospital das Clínicas da FMUSP. A operação de colocação do implante aconteceu no dia 10 de novembro, Dia Nacional de Combate e Prevenção à Surdez. Maria Tereza foi a centésima paciente a receber o implante. Esta centésima cirurgia representa os esforços da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP e da Fundação Otorrinolaringologia pela reabilitação dos deficientes auditivos.
A cirurgia foi transmitida ao vivo para um evento comemorativo no anfiteatro da Otorrinolaringologia. O Prof. Dr. Ricardo Bento falou para a imprensa e convidados sobre o funcionamento do implante, os casos em que é indicado, e as perspectivas futuras deste promissor tratamento para surdez profunda.
Segundo ele, o Programa de Implante Coclear, no Brasil, deve ser olhado com mais atenção, para que sejam desenvolvidas políticas públicas para a formação de pessoal qualificado, e investimento em tecnologia, de forma que grande parte dos 300 mil brasileiros portadores de surdez profunda possam ser beneficiados. Uma grande conquista a esse respeito foi a portaria assinada em 1999 pelo então ministro da Saúde, José Serra, regulamentando a realização de implantes pelos SUS.
Um passo importante seria o desenvolvimento de mais centros com o programa de Implante Coclear pelo país, de forma que um paciente do Norte ou Nordeste do país não tenha que vir a São Paulo para fazer a operação e o processo de adaptação ao aparelho.
Além disso, destacou a importância de ações como o Dia de Combate e Prevenção à Surdez, uma vez que no Brasil a principal causa de surdez ainda são as doenças infecciosas, como rubéola e meningite, perfeitamente evitadas através de medidas preventivas.
Já a fonoaudióloga Patrícia Fallety, da Universidade de Buenos Aires, prestou esclarecimentos sobre a relação custo/benefício de um paciente implantado para a sociedade. Dentre as intervenções cirúrgicas complexas, o Implante Coclear está entre aquelas que oferecem mais benefícios, o que justifica os altos investimentos do governo na compra dos aparelhos, que não são nada baratos. Cada um tem o custo aproximado de R$ 50 mil.
A cirurgia de Maria Tereza, a centésima paciente, foi bem sucedida. Agora ela deve esperar cerca de um mês para que o aparelho seja ligado, e assim começar vida nova.Dentro de 30 dias, Maria Tereza Lacaz Meirelles Reis, 58 anos, voltará a ouvir. Há dois anos ela estava totalmente surda e, como última esperança, entrou na fila do Programa de Implante Coclear do Hospital das Clínicas da FMUSP. A operação de colocação do implante aconteceu no dia 10 de novembro, Dia Nacional de Combate e Prevenção à Surdez. Maria Tereza foi a centésima paciente a receber o implante. Esta centésima cirurgia representa os esforços da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP e da Fundação Otorrinolaringologia pela reabilitação dos deficientes auditivos.
A cirurgia foi transmitida ao vivo para um evento comemorativo no anfiteatro da Otorrinolaringologia. O Prof. Dr. Ricardo Bento falou para a imprensa e convidados sobre o funcionamento do implante, os casos em que é indicado, e as perspectivas futuras deste promissor tratamento para surdez profunda.
Segundo ele, o Programa de Implante Coclear, no Brasil, deve ser olhado com mais atenção, para que sejam desenvolvidas políticas públicas para a formação de pessoal qualificado, e investimento em tecnologia, de forma que grande parte dos 300 mil brasileiros portadores de surdez profunda possam ser beneficiados. Uma grande conquista a esse respeito foi a portaria assinada em 1999 pelo então ministro da Saúde, José Serra, regulamentando a realização de implantes pelos SUS.
Um passo importante seria o desenvolvimento de mais centros com o programa de Implante Coclear pelo país, de forma que um paciente do Norte ou Nordeste do país não tenha que vir a São Paulo para fazer a operação e o processo de adaptação ao aparelho.
Além disso, destacou a importância de ações como o Dia de Combate e Prevenção à Surdez, uma vez que no Brasil a principal causa de surdez ainda são as doenças infecciosas, como rubéola e meningite, perfeitamente evitadas através de medidas preventivas.
Já a fonoaudióloga Patrícia Fallety, da Universidade de Buenos Aires, prestou esclarecimentos sobre a relação custo/benefício de um paciente implantado para a sociedade. Dentre as intervenções cirúrgicas complexas, o Implante Coclear está entre aquelas que oferecem mais benefícios, o que justifica os altos investimentos do governo na compra dos aparelhos, que não são nada baratos. Cada um tem o custo aproximado de R$ 50 mil.
A cirurgia de Maria Tereza, a centésima paciente, foi bem sucedida. Agora ela deve esperar cerca de um mês para que o aparelho seja ligado, e assim começar vida nova.