Nascido em São Paulo, aos 22 de dezembro de 1966, Prof. Dr. Richard Voegels é o filho do meio do casal Dietrich Erich Voegels e Ana Maria Voegels, passou grande parte da sua infância nos Estados Unidos.

Nascido em São Paulo, aos 22 de dezembro de 1966, Prof. Dr. Richard Voegels é o filho do meio do casal Dietrich Erich Voegels e Ana Maria Voegels, passou grande parte da sua infância nos Estados Unidos. "Fui para lá com cinco anos de idade e quando voltei, estudei no Colégio Porto Seguro e aprendi o meu terceiro idioma, o alemão", lembra o médico.
A opção pela Medicina veio aos 16 anos de idade e, já às 17, entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "No início, a medicina foi me encantando com as diversas possibilidades em atuar. No sexto ano, tinha certeza que seria cirurgião e o que eu mais queria fazer era cirurgia pediátrica porque gosto muito de crianças. Então, descobri a otorrinolaringologia e por ser uma especialidade objetiva e resolutiva, optei por ela", conta Richard.
Segundo o médico, o que o atraiu dentro da otorrinolaringologia foi a Rinologia e, especialmente, a cirurgia endoscópica. "O meu doutorado foi Imunologia de polipose nasal e sinusite crônica. E, a partir daí, fui me aperfeiçoando mais e mais até conseguir dar aulas e tornar-me responsável pela da graduação da otorrinolaringologia do 3º e 5º ano", diz ele.
Responsável pela extensão universitária e por 30 residentes, a rotina diária do professor começa bem cedo, às seis e meia da manhã. "Participo da visita dos residentes aos pacientes internados no Hospital das Clínicas e coordeno o serviço do Hospital Universitário. Depois, dou suporte aos residentes, coordeno as pesquisas que são feitas aqui em um trabalho que me toma de 30 a 40 horas semanais. E, juntamente com o Prof. Ricardo e com o Prof. Ubirajara, organizamos as provas de seleção de novos residentes, já que a otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo é uma das mais disputadas de todo o Brasil", continua o médico.

Congressos e viagens
Segundo Prof. Dr. Richard, o trabalho que desenvolve na disciplina de otorrinolaringologia da FMUSP é altamente prazeroso. "Há 40 anos a otorrinolaringologia era uma especialidade de oitava categoria na medicina. Hoje, não. O desenvolvimento de novas técnicas, de novos exames, de novas cirurgias, a possibilidade de curar vários males que surgem na especialidade - e até cirurgias que possibilitam deficientes auditivos a ouvirem. Conseguimos desenvolver - e mapear - pesquisas em várias áreas que não era possível há alguns anos atrás e somos a única disciplina que tem pesquisa sobre sinusite e alergias na cidade de São Paulo. Ou seja, não usamos modelos de outros países. Fazemos o nosso trabalho e conseguimos levá-lo a outros congressos - e até recebermos prêmios por isso - em outros países que podem vir a utilizá-lo como fonte. Gosto tanto do trabalho que desenvolvo aqui que, por mim, passaria o dia inteiro na universidade", diz o médico.
A FMUSP exige do Prof. Dr. Richard Voegels ida a congressos no mundo todo. "Sou convidado a ministrar aulas no Brasil e no exterior. E viajo muito. Além de todo esse trabalho, sou o diretor financeiro da Fundação Otorrinolaringologia e junto com uma equipe de muitos profissionais - médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e funcionários da FO - sou o responsável por todos os Congressos da Fundação Otorrinolaringologia desde o primeiro que aconteceu em São Paulo. Toda a grade de aulas e temas a serem realizados são avaliados e coordenados por mim para que o interesse dos participantes seja o maior possível. E já temos para os dois próximos anos - nesse mês, o congresso acontecerá em Campos do Jordão - os locais que faremos. Essa escolha sempre é feita com antecedência para que toda a programação de aulas e mesas redondas aconteça da melhor forma possível, assim como a hospedagem de cada participante", diz ele.
Para Dr. Richard, a Fundação Otorrinolaringologia foi a responsável por grande parte do avanço da otorrinolaringologia no Brasil. "Foi uma das boas ideias do Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento. Ela ajudou muito à nossa especialidade com cursos e pesquisas em todo o Brasil. Sou tesoureiro desde 1995 e só vejo um crescente de trabalho e realizações dentro da FO. E também vejo com bons olhos a fundação do CERTOO - Centro de Reabilitação e Tratamento de Olhos e Ouvidos - o hospital que será de total responsabilidade nossa. A qualidade de atendimento será muito melhorada e as cirurgias serão realizadas com equipes de renome. Isso sem falar que ocorrerão em locais em que haverá todo o material necessário para que elas ocorram de maneira excelente, além de ser o maior hospital otorrinolaringológico do mundo", afirma o médico.
E a vida pessoal? É possível tê-la com uma rotina tão repleta de atividades e com tantos planos para o futuro? "Claro que sim! Além de atender no consultório de segunda à sexta-feira, me reúno com meus amigos de infância, mensalmente, saio com amigos que fiz na faculdade e viajo muito sozinho e com meus filhos. Viajar é o dinheiro mais bem empregado que alguém pode ter. Conhecer o mundo, os hábitos de cada povo, os costumes de cada um é um aprendizado para sempre, que possibilita um crescimento pessoal bastante rico. E não dá para abrir mão disso", finaliza Prof. Dr. Richard Voegels.