Nascida em São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, Dra. Mariana Hausen Pinna e teve uma infância muito feliz.

Nascida em São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, Dra. Mariana Hausen Pinna e teve uma infância muito feliz. "Tive pouco convívio com os meus pais. Meu pai, Ricardo, era engenheiro aeronáutico e morreu quando eu tinha um ano de idade e meus avós passaram a ajudaram na minha criação, junto a minha mãe Zélia, bióloga de formação e professora universitária. E quando eu tinha nove anos, ela também nos deixou. Minha infância foi muito feliz, eu brincava muito na rua, subia em árvores, era bem moleca. E meus avós são bem especiais até hoje para toda minha família hoje. Meu avô completará 90 anos esse ano! Não é para comemorar muito?", diz ela.
No final do colegial, atual ensino médio, surgiu a vocação para a Medicina. E passou a se dedicar mais aos estudos, entrando na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo aos 18 anos de idade, onde se graduou e fez seu doutorado. "A opção pela otorrinolaringologia entrou na minha vida no terceiro ano da faculdade. Resolvi fazer uma disciplina optativa em surdez e assisti o Prof. Ricardo Ferreira Bento fazendo a cirurgia de implante coclear. Eu nem sabia o que era na época, ano 2.000. Achei o máximo! E pensei: 'Eles fazem surdos voltarem a ouvir! É isso o que eu quero fazer", lembra a médica.
A opção pela cirurgia veio com o decorrer dos anos e, juntamente com o professor Ricardo, foi a responsável pelas cirurgias teste de próteses totalmente implantáveis realizadas como pesquisa em dez pacientes no HC-FMUSP.
"A otorrinolaringologia cresceu muito desde quando eu estava estudando. A Associação Brasileira e a FORL tiveram papel importante nisso. O Prof. Ricardo em sua gestão empreendedora frente a disciplina também tem um papel fundamental, trazendo novas tecnologias e investindo nos jovens. As próteses implantáveis, atualmente, são uma realidade. Quando iniciei na ORL eram apenas promessas", diz.

Rotina com filhos
Cumprindo um mínimo de oito horas de trabalho, Dra. Mariana hoje é médica assistente do Grupo de Otologia e pertence ao grupo de cirurgiões do Grupo de Implante Coclear HC-FMUSP. É responsável pela Reunião do Ouvido, onde são discutidos os casos, tomadas as condutas e discutidas as cirurgias dos pacientes com problemas otológicos. "No início, eu cheguei a trabalhar 15 horas por dia. Com a chegada dos filhos - primeiro, veio o Pedrinho e há um ano e dois meses, a Ana - meu horário ficou menor. E há privilégios na minha vida que sou muita grata a Deus. O primeiro é a emoção que sinto com a reação dos implantes e o impacto que gera na vida do paciente e de toda a família. Às vezes, meus olhos ficam marejados de lágrimas todas as vezes que eu vejo nossas crianças implantadas falando. E explicar aos pais de um bebê surdo que ele poderá ouvir, também me emociona demais. Isso vale todas as horas de estudo e longe da família", comenta a médica.
Mas o tempo livre, sempre é junto da família. "Ser mãe deu um novo sentido a minha vida. Tenho a sorte de ser casada com outro otorrinolaringologista, Fábio Pinna, que me ajuda e é um grande parceiro! Não é fácil ser mãe, esposa e médica. Mas a maternidade tornou-me mais ponderada, menos impulsiva. E o tempo que tenho de sobra é para eles. Então, meus hobbies hoje são ir a parques, teatros infantis, aula de natação das crianças, aniversários... E várias vezes, com amigos médicos, que também têm filhos", explica.
Dra. Mariana Hausen Pinna tem acompanhado de perto todas as pesquisas que estão sendo feitas no mundo em relação às próteses implantáveis e cirurgias com preservação auditiva em implantes cocleares. "É um privilégio participar de congressos internacionais e sabermos que o HC-FMUSP não fica atrás do que acontece no mundo. E ajudar a organizar cursos, congressos e pesquisas que são publicadas no mundo todo é uma realização e tanto", diz.
E finaliza: "A Fundação Otorrinolaringologia promove cursos e congressos de ponta, assim como pesquisa de qualidade. E para continuar nesse ritmo de crescimento, o segredo está em continuarmos firme no trabalho que já estamos fazendo, como o Hearing, de alto nível científico. É um trabalho para a vida toda!"