PERFIL MÊS: ADRIANA FOZZATI

Adriana cursou a PUC, em 1989, e o interesse pela área médica veio em 1992, quando trabalhou em um laboratório de diagnósticos por imagem


19/02/2013

Quem observa a maturidade profissional da administradora da Fundação Otorrinolaringologia, Adriana de Almeida Fozzati, não imagina que a descoberta da profissão que abraçaria anos mais tarde teria surgido quando seu sobrenome era apenas Almeida e a menina, de então nove anos de idade, ajudava seu pai, comerciante, a contar e separar o dinheiro do dia: sempre acertava as notas pelo valor que tinham e relacionava todos os cheques que seriam depositados separando-os pelo banco que eram emitidos. "Era um grande prazer e eu achava que era uma responsabilidade enorme fazer aquele trabalho e havia também a agenda, na qual ele anotava os valores a receber - o famoso fiado - que eu conferia sempre. E, de quebra, aproveitava para brincar com as minhas bonecas de escritório", diz ela.
Com características marcantes como as de ser objetiva e pensar na melhor maneira de executar as tarefas de forma mais simples e produtiva, Adriana exercia, sem saber, um dos fundamentos da administração, o planejamento. "Quando chegou a época do vestibular, eu estudava no Colégio Arquidiocesano, em São Paulo, e ouvi um administrador contando sua rotina de trabalho. Identifiquei-me na hora tanto que não me inscrevi em outra opção que não fosse administração. Eu queria planejar, organizar, liderar e controlar os processos de uma empresa", conta ela.
Adriana cursou a PUC, em 1989, e o interesse pela área médica veio em 1992, quando trabalhou em um laboratório de diagnósticos por imagem. "Era uma empresa familiar e, apesar da minha pouca idade - tinha apenas 22 anos - iniciei montando o RH e depois abracei outras áreas, conhecendo todos os setores e normatizando os processos. Depois de doze anos trabalhando na mesma empresa conheci todos os setores, o que foi fundamental para minha formação profissional e, em 2002, a empresa me proporcionou a possibilidade de cursar a pós em Economia na Área de Saúde, também, na PUC", continua a administradora.

Coincidências do destino

Em 2004,através do Prof. Luiz Ubirajara soube que a divisão de Otorrinolaringologia estava procurando alguém para fazer uma consultoria e saber exatamente como funcionava a parte administrativa do HC e o que podia ser melhorado. "Fiz uma entrevista com o Prof. Ricardo Bento, mapeei em 90 dias todos os setores do HC envolvidos com ORL e propus algumas mudanças. As ideias foram aceitas e, a partir daí, iniciou-se um processo para minha contratação no Hospital das Clínicas e também a administração da FO", diz ela.
Atualmente, Adriana executa junto à diretoria, as tarefas definidas pelo Conselho Curador - o órgão máximo da Fundação Otorrinolaringologia -, é responsável pelos recursos humanos e área financeira e gerencia todas as atividades que a fundação realiza. É a responsável também por várias tarefas administrativas da Divisão de Clínica de Otorrinolaringologia do HCFMUSP, auxiliando o Prof. Ricardo Bento na execução de vários projetos, um trabalho que envolve nove horas de seus dias. "Minha cabeça, no entanto, não para. Penso sempre em como melhorar e se tudo está acontecendo bem. Sou extremamente realizada neste trabalho e na minha profissão, adoro o que faço e gosto muito de trabalhar com o grupo diferenciado que é a FORL/HC e o que mais me motiva são os desafios do dia a dia. Eu nunca tenho rotina. Trabalhar com uma "locomotiva" como o Prof. Ricardo gera demanda positiva em todo o tempo e não existe a possibilidade de não fazer ou de não dar certo. Tudo o que é idealizado, acontece. Pode demorar um pouco, mas acontece e fazer parte de um time que está empenhado em realizar é muito motivador", diz ela.
Desde o tempo que Adriana foi contratada até hoje, a Fundação Otorrinolaringologia cresceu muito. Segundo ela, o Reouvir saiu de dentro do HC, foi aberto o Centro de Audiologia, o Centro de Diagnósticos saiu de dentro do HC, criou-se um serviço de excelência e referência na área de saúde suplementar, criou-se o próprio departamento de eventos, mas nada disso modifica a rotina da administradora. "Faço parte de um grupo que cresce. Mas tenho uma rotina bem montada fora do trabalho, que me permite trabalhar com tranquilidade. Tenho como hobby o preparo físico, treino Muay-THAI e, como meus filhos agora têm 15 e 12 anos, somos mais parceiros do que nunca. Meu marido é extremamente companheiro e compreensivo e me apoia muito e essa rotina permite que eu viaje, quando é necessário, diz ela.
E finaliza: "Estamos expandindo o Centro de Audiologia e em breve, inauguraremos mais um conjunto no mesmo endereço para ampliarmos o diagnóstico auditivo e ampliar os atendimentos a todos os tipos de próteses implantáveis ou externas. Tenho grandes expectativas positivas com a chegada do CERTOO. Acredito que teremos mais flexibilidade para administrar a ORL e a OFTA".